quarta-feira, 12 de junho de 2013

AS BORBOLETAS

Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
 
Borboletas

Borboletas brancas
São alegres e francas.
borboletas azuis

Gostam de muita luz.

As amarelinhas
São tão bonitinhas!

E as pretas, então
Oh, que escuridão!



quarta-feira, 24 de abril de 2013


Conheça mais sobre as ideias de Magda Soares por meio do resumo de seu artigo:
Letramento e alfabetização: As muitas facetas

        O termo letramento surgiu no Brasil em meados dos anos de 1980 que se dá, simultaneamente,a invenção do letramento no Brasil, do illettrisme, na França, da literacia, em Portugal, para nomear fenômenos distintos daquele denominado Alfabetização,que surgiu  devido à necessidade de reconhecer e nomear práticas sociais de leitura e de escrita mais avançadas e complexas que as práticas do ler e do escrever resultantes da aprendizagem do sistema de escrita.                                 
           A partir do conceito de alfabetizado, que vigorou até o Censo de 1940, como aquele que declarasse saber ler e escrever, o que era interpretado como capacidade de escrever o próprio nome; passando pelo conceito de alfabetizado como aquele capaz de ler e escrever um bilhete simples, ou seja, capaz de não só saber ler e escrever, mas de já exercer uma prática de leitura e escrita.
          Em função da alfabetização funcional da população, ficou implícito nesse critério que, após alguns anos de aprendizagem escolar, o indivíduo terá não só aprendido a ler e escrever, mas também a fazer uso da leitura e da escrita, verifica-se uma progressiva, embora cautelosa, extensão do conceito de alfabetização em direção ao conceito de letramento: do saber ler e escrever em direção ao ser capaz de fazer uso da leitura e da escrita.
Embora a relação entre alfabetização e letramento seja inegável, além de necessária e até mesmo imperiosa, ela, ainda que focalize diferenças, acaba por diluir a especificidade de cada um dos dois fenômenos. No Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de alfabetização, o que tem levado, apesar da diferenciação sempre proposta na produção acadêmica, a uma inadequada e inconveniente fusão dos dois processos, com prevalência do conceito de letramento, conduzindo a um certo apagamento da alfabetização     
          Quando a autora trata a respeito da “desinvenção” da Alfabetização, explica...
O sistema de ciclos, que, ao lado dos aspectos positivos que sem dúvida tem, pode trazer e tem trazido uma diluição ou uma preterição de metas e objetivos a serem atingidos gradativamente ao longo do processo de escolarização; o princípio da progressão continuada, que, mal concebido e mal aplicado, pode resultar em descompromisso com o desenvolvimento gradual e sistemático de habilidades, competências, conhecimentos e a perda de especificidade da alfabetização.
Magda Soares considera que ocorreram alguns equívocos provocados pelo construtivismo- socioconstrutivismo em relação à alfabetização
         Enquanto no construtivismo considera-se que as relações entre o sistema fonológico e os sistemas alfabético e ortográfico devem ser objeto de instrução direta, explícita e sistemática, com certa autonomia em relação ao desenvolvimento de práticas de leitura e escrita. No socioconstrutivismo considera-se que essas relações não constituem propriamente objeto de ensino, pois sua aprendizagem deve ser incidental, implícita, assistemática, no pressuposto de que a criança é capaz de descobrir por si mesma as relações fonema–grafema, em sua interação com material escrito e por meio de experiências com práticas de leitura e escrita, no primeiro caso, privilegia-se a alfabetização, no segundo caso, o letramento.
          Dissociar alfabetização e letramento é um equivoco porque, no quadro das atuais concepções psicológicas, linguísticas e psicolinguísticas de leitura e escrita, a entrada da criança (e também do adulto analfabeto) no mundo da escrita ocorre simultaneamente por esses dois processos: pela aquisição do sistema convencional de escrita – a alfabetização – e pelo desenvolvimento de habilidades de uso desse sistema em atividades de leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, o letramento.
                Magda Soares propõe, neste texto, retomar a invenção da palavra e do   conceito de letramento, e ao mesmo tempo a desinvenção da alfabetização, resultando no que ela denomina como sendo a reinvenção da alfabetização. Tem como objetivo defender a especificidade de cada fenômeno e, ao mesmo tempo, a indissociabilidade desses dois processos: alfabetização e letramento.
          A alfabetização deve ser entendida como processo de aquisição e apropriação do sistema da escrita, alfabético e ortográfico, deve se desenvolver num contexto de letramento no que se refere à etapa inicial da aprendizagem da escrita, como a participação em eventos variados de leitura e de escrita, e o consequente desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes positivas em relação a essas práticas.
                Reconhecer tanto a alfabetização quanto o letramento como processos de diferentes dimensões, ou facetas, cuja natureza de cada um deles demanda uma metodologia diferente, de modo que a aprendizagem inicial da língua escrita exige múltiplas metodologias, algumas caracterizadas por ensino direto, explícito e sistemático – particularmente a alfabetização, em suas diferentes facetas. Deve-se rever e reformular a formação dos professores das séries iniciais do ensino fundamental, de modo a torná-los capazes de enfrentar o grave fracasso escolar na aprendizagem inicial da língua escrita nas escolas brasileiras.

SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Minas Gerais: 2003.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n25/n25a01.pdf/ Acesso em 24 abr 2013.

terça-feira, 9 de abril de 2013


Perguntas e respostas sobre Alfabetização

Nas escolas em que circulam diversos tipos de texto, como livros, jornais e revistas, os alunos lêem e escrevem mais rapidamente e se tornam capazes de buscar as informações de que necessitam
Meire Cavalcante 


Aos poucos, a escola brasileira percebe a necessidade de se aprimorar na tarefa de alfabetizar. Cada vez mais, as redes investem na capacitação docente e muitas adotam os ciclos - que aumentam o tempo para os pequenos aprenderem a ler e escrever. Nesse mesmo sentido vai a aprovação do Ensino Fundamental de nove anos, ocorrida em fevereiro último. A medida favorecerá uma parcela da população que, por não ter acesso à Educação Infantil, estaria fora da escola e longe de um ambiente alfabetizador.


Ainda há muito o que aprimorar nessa área e a tarefa não é apenas dos professores das primeiras séries. "Estamos sempre nos alfabetizando, a cada novo tipo de texto com o qual entramos em contato durante a vida", afirma Telma Weisz, criadora do Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), do Ministério da Educação (leia entrevista).

Com base em experiências bem sucedidas e na opinião de especialistas, respondemos a nove questões que mostram ser possível formar leitores e escritores competentes em aulas de qualquer disciplina ou série.

Fonte: Revista Nova Escola.